Equipe 2 - Autora: Isabel Alarcão



Componentes: Alessandra, Debora, Mônica, Raidalva e Selma




                    

Biografia de Isabel Alarcão

Isabel Alarcão, nascida em 09 de março de 1940, em Coimbra, licenciou-se em filologia Germânica pela Faculdade de Letras na Universidade de Coimbra. Exerceu a docência no ensino secundário durante sete anos tendo sido também orientadora de estágios. Esta experiência despertou-a para a relevância da formação de professores, temática que aprofundou no Mestrado em Curriculum and Instruction que realizou na Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos da América, em 1974-75. Doutorada em educação.

Trabalho Profissional

Avançou o conceito de 'tríptico didático' (1997) para designar a tripla dimensão ou a multidimensionalidade da Didática: a Didática Investigativa, a Didática Curricular e a Didática Profissional. a primeira diz respeito ao trabalho do investigador nesta disciplina; a segunda refere-se à formação curricular, inicial e/ou contínua, em Didática dos formadores e futuros formadores; finalmente, a terceira, refere-se às práticas dos professores no terreno escolar.

Publicações

Alarcão, I. (1994), “A didáctica curricular na formação de professores” in A. Estrela e J. Ferreira.
(Org.),Desenvolvimento Curricular e Didáctica das Disciplinas – Actas do IV Colóquio Nacional da Secção Portuguesa da Association Internationale de Recherche en Sciences de l’Éducation. Lisboa: AFIRSE/AIPELF.
Alarcão,  I. (2001), “Novas tendências nos paradigmas de investigação em educação”, in I.
Alarcão,  (Org.), Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed Editora.
Alarcão,  I. et al. (2004). “Percursos de consolidação da Didáctica de Línguas em Portugal”, in
A. Ferreira (Ed.), Investigar em Educação, Revista da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. SPCE.



Livro



Principais idéias de Isabel Alarcão  concernentes às concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem



 Introdução 
A sociedade atual não permite mais que as escolas prossigam com concepções tradicionais em que o aluno é receptor de conhecimentos inquestionáveis. A democracia exige que seus cidadãos sejam críticos e politizados, para os alunos não cabe mais uma escola desmotivadora, que não o considera como integrante participativo do processo. Com a globalização e o acesso fácil a informação, o professor deixou de ser o único transmissor de conhecimento. Então, como a escola pode acompanhar as transformações da sociedade de modo a continuar com o ambiente mais apropriado para formar cidadão, não só para o futuro, mas como também para o dia a dia?   
Houve um avanço nas concepções pedagógicas, por volta das décadas de 1930, com os movimentos sociais e filosóficos de reformulação da educação. Mas a escola necessita ainda de mudanças significativas, e isso é tratado no livro de Isabel Alarcão intitulado: Escola reflexiva e nova racionalidade onde explora varias dimensões da escola e fomenta reflexões sobre: escola, ensino e aprendizagem, como uma teia intercalada, que não age separadamente.

 A escola
A escola atual deverá antes de tudo ser uma escola reflexiva, isto é uma escola de pessoas que pensam, analisam, interagem e que sabe do papel fundamental no desenvolvimento humano.  Na visão da autora, a escola deveria estimular mais os alunos e motivar os professores, principalmente em relação aos relacionamentos interpessoais, pois de acordo com Jose Tavares (2001, p. 31) “uma escola reflexiva pressupõe uma comunidade de sujeitos na qual o desenvolvimento das relações pessoais no seu sentido mais autêntico e genuíno deverá estar no centro das atitudes, dos conhecimentos e da comunicação”.  Assim o também autor faz um apelo às características essenciais como a reciprocidade, dialeticidade, autenticidade, a verdade e a justiça em torno da reflexão nas relações com alunos, professores, funcionários e comunidade, de forma a não permitir anulação de nenhum dos sujeitos.        
A escola tem a autonomia de ser ambígua no sentido de ter como assumir um papel inovador, como coprodutor da realidade social, como depender dos modelos sociais, assumindo o papel de conservador.
Neste livro a autora também fala da parte física da escola, do local, do acesso, dos equipamentos entre outros, nos faz refletir que a escola deve ser pensada como um todo e que o ambiente, contribuirá também para o processo de ensino e aprendizagem.  Dentro dessa linha de raciocínio a autora nos faz questionar sobre “a escola que temos e a escola que queremos”.  Segundo a autora a mudança escolar dever ser feita urgente, não só na parte curricular, mas na parte disciplinar, pedagógicas e administrativas, todos os envolvidos no contexto tem que participar em forma de ação. 
Ensino

O acesso ao ensino de qualidade, de forma igual e justa é um direito de todos. A escola não só tem o compromisso social com seus agentes como também o dever de criar condições para efetivar um projeto pedagógico- curricular voltado para uma educação de qualidade. Isso só será possível se mudar sua organização.
            Para que a mudança nos paradigmas aconteça é necessária a constante avaliação do ensino. Deve-se pensar no que ensina e quando necessário mudar a forma de ensinar, aprendendo com os sucessos e os fracassos.
No ensino deve-se levar em consideração a valorização da cultura, em um trabalho interdisciplinar vinculado com a realidade social dos seus participantes.
O trabalho faz parte da vida em sociedade, e a função política da escola, no ensino é preparar para o trabalho em que se consiga trabalhar em equipe cumprir obrigações, porém sem deixar te ter consciências sobre seus direitos.
Atribui-se ao professor a grande responsabilidade de atuar com uma ação de “investigação, difusão do conhecimento e interventores na ação reflexiva na lógica” (p. 144). O professor comprometido ajuda a desenvolver nos seus alunos a ambição pelo conhecimento e sua proposta de ensino, baseada em métodos, conteúdos e estratégias, contribui para participação democrática. Mas para que haja uma qualidade de ensino é também necessária à contínua formação dos professores.
Aprendizagem

A escola é o espaço mais voltado para aprendizagem á séculos. Mas será que continua confinada em modelos ultrapassados, que não respeita seus sujeitos, sem uma aprendizagem cooperativa ou autônoma?
Dentro das mudanças necessárias para escola está a da aprendizagem. Para José Tavares, (p.51) há necessidade de uma nova aprendizagem nas escolas, voltadas para visão da realidade, percepção e representação a outro nível de analise e interpretação com base a outro paradigma epistemológico. Isso contribuirá para o desenvolvimento e formação de cidadãs mais reflexivas, competentes e eficazes; sem deixar de lado a aquisição de valores baseados na verdade. A saber, para desenvolver alunos de maneira adequada para os desafios que precisam vencer.
Nisso o livro trata das diversas reflexões criticas a cerca da aprendizagem, como: o que oferecer para exercício da cidadania; conhecimentos considerados valiosos, tanto relacionais como desiguais; valores morais, científicos e éticos envolvidos. As respostas estão bem claras na obra, quando relaciona aprendizagem aos desenvolvimentos pessoal, profissional e o social.
Parte da obrigação com aprendizado vem da política administrativa adotada pela escola e professores, a outra é de responsabilidade do aluno que devem ser motivados com a necessidade de aprender a se esforçar, a trabalhar, a investir no estudo e na própria aprendizagem.
A aprendizagem deve ser direcionada para reflexão como processo orientado para ação; é um processo social; está a serviço dos interesses humanos e sempre ser baseada no dialogo.
Conclusão

Velhos paradigmas já não resolvem mais as questões atuais das escolas. Faz necessária uma analise constante para reformulação, seguindo a linha de vários estudos e situações cotidianas. Assim a escola terá sempre como oferece aos alunos uma educação de qualidade, que reflita o momento histórico da sociedade na qual está inserido, preparando-o para lidar com desafios e a vida em sociedade.
A escola só com as suas estruturas físicas, sem um direcionamento administrativo, político e pedagógico não dará conta de acompanhar os avanços e correr o risco de ficar obsoleto. Assim não terá como representar “ameaça a ordem estabelecida e a possibilidade de libertação”.
Novas tendências e paradigmas sempre surgirão, como também os velhos devem ser revisados, até ser substituído. O que não pode acontecer é a escola deixar de “pensar a si própria” e consequentemente não oferecer de forma satisfatória a construção dos saberes.

Referencias bibliográficas

Alarção, Isabel. Escola reflexiva e Nova Racionalidade. Edição 1. Porto Alegre: Artmed, 2001.< https://unifacs.bv3.digitalpages.com.br/reader#3>. Acesso em: 20 nov. 2012

Um comentário:

  1. O Blog realizado pelo grupo do 3º semestre de pedagogia, do polo de Camaçari (UNIFACS EAD-2012)solicitado pela disciplina de PPP, foi um dos trabalhos mais proveitoso, pelo fato de podermos usufruí-lo sempre que for preciso.
    (Raidalva, aluna UNIFACS)

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