Componentes: Alessandra, Debora, Mônica, Raidalva e Selma
Biografia de Isabel Alarcão
Isabel Alarcão, nascida em 09 de março de 1940, em Coimbra,
licenciou-se em filologia Germânica pela Faculdade de Letras na Universidade
de Coimbra. Exerceu a docência no ensino secundário durante sete anos tendo
sido também orientadora de estágios. Esta experiência despertou-a para a
relevância da formação de professores, temática que aprofundou no Mestrado em
Curriculum and Instruction que realizou na Universidade do Texas, em Austin,
nos Estados Unidos da América, em 1974-75. Doutorada em educação.
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Trabalho Profissional
Avançou o conceito de 'tríptico didático' (1997)
para designar a tripla dimensão ou a multidimensionalidade da Didática: a
Didática Investigativa, a Didática Curricular e a Didática Profissional. a
primeira diz respeito ao trabalho do investigador nesta disciplina; a segunda
refere-se à formação curricular, inicial e/ou contínua, em Didática dos
formadores e futuros formadores; finalmente, a terceira, refere-se às
práticas dos professores no terreno escolar.
Publicações
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Principais idéias de
Isabel Alarcão concernentes às concepções
de Escola, Ensino e Aprendizagem
A
sociedade atual não permite mais que as escolas prossigam com concepções
tradicionais em que o aluno é receptor de conhecimentos inquestionáveis. A democracia
exige que seus cidadãos sejam críticos e politizados, para os alunos não cabe
mais uma escola desmotivadora, que não o considera como integrante
participativo do processo. Com a globalização e o acesso fácil a informação, o
professor deixou de ser o único transmissor de conhecimento. Então, como a
escola pode acompanhar as transformações da sociedade de modo a continuar com o
ambiente mais apropriado para formar cidadão, não só para o futuro, mas como
também para o dia a dia?
Houve
um avanço nas concepções pedagógicas, por volta das décadas de 1930, com os
movimentos sociais e filosóficos de reformulação da educação. Mas a escola
necessita ainda de mudanças significativas, e isso é tratado no livro de Isabel
Alarcão intitulado: Escola reflexiva e nova racionalidade onde explora varias
dimensões da escola e fomenta reflexões sobre: escola, ensino e aprendizagem,
como uma teia intercalada, que não age separadamente.
A
escola atual deverá antes de tudo ser uma escola reflexiva, isto é uma escola
de pessoas que pensam, analisam, interagem e que sabe do papel fundamental no
desenvolvimento humano. Na visão da autora, a escola deveria estimular
mais os alunos e motivar os professores, principalmente em relação aos
relacionamentos interpessoais, pois de acordo com Jose Tavares (2001, p. 31)
“uma escola reflexiva pressupõe uma comunidade de sujeitos na qual o
desenvolvimento das relações pessoais no seu sentido mais autêntico e genuíno
deverá estar no centro das atitudes, dos conhecimentos e da comunicação”.
Assim o também autor faz um apelo às
características essenciais como a reciprocidade,
dialeticidade, autenticidade, a verdade e a justiça em torno da reflexão nas
relações com
alunos, professores, funcionários e comunidade, de forma a não permitir
anulação de nenhum dos sujeitos.
A
escola tem a autonomia de ser ambígua no sentido de ter como assumir um papel
inovador, como coprodutor da realidade social, como depender dos modelos
sociais, assumindo o papel de conservador.
Neste
livro a autora também fala da parte física da escola, do local, do acesso, dos
equipamentos entre outros, nos faz refletir que a escola deve ser pensada como
um todo e que o ambiente, contribuirá também para o processo de ensino e
aprendizagem. Dentro dessa linha de raciocínio a autora nos faz
questionar sobre “a escola que temos e a escola que queremos”. Segundo a
autora a mudança escolar dever ser feita urgente, não só na parte curricular,
mas na parte disciplinar, pedagógicas e administrativas, todos os envolvidos no contexto tem que participar em
forma de ação.
EnsinoO acesso ao ensino de qualidade, de forma igual e justa é um direito de todos. A escola não só tem o compromisso social com seus agentes como também o dever de criar condições para efetivar um projeto pedagógico- curricular voltado para uma educação de qualidade. Isso só será possível se mudar sua organização.
Para que a mudança nos paradigmas aconteça é necessária a
constante avaliação do ensino. Deve-se pensar no que ensina e quando necessário
mudar a forma de ensinar, aprendendo com os sucessos e os fracassos.
No
ensino deve-se levar em consideração a valorização da cultura, em um trabalho
interdisciplinar vinculado com a realidade social dos seus participantes.
O
trabalho faz parte da vida em sociedade, e a função política da escola, no
ensino é preparar para o trabalho em que se consiga trabalhar em equipe cumprir
obrigações, porém sem deixar te ter consciências sobre seus direitos.
Atribui-se
ao professor a grande responsabilidade de atuar com uma ação de “investigação,
difusão do conhecimento e interventores na ação reflexiva na lógica” (p. 144).
O professor comprometido ajuda a desenvolver nos seus alunos a ambição pelo
conhecimento e sua proposta de ensino, baseada em métodos, conteúdos e
estratégias, contribui para participação democrática. Mas para que haja uma
qualidade de ensino é também necessária à
contínua formação dos professores.
AprendizagemA escola é o espaço mais voltado para aprendizagem á séculos. Mas será que continua confinada em modelos ultrapassados, que não respeita seus sujeitos, sem uma aprendizagem cooperativa ou autônoma?
Dentro
das mudanças necessárias para escola está a da aprendizagem. Para José Tavares,
(p.51) há necessidade de uma nova aprendizagem nas escolas, voltadas para visão
da realidade, percepção e representação a outro nível de analise e interpretação
com base a outro paradigma epistemológico. Isso contribuirá para o
desenvolvimento e formação de cidadãs mais reflexivas, competentes e eficazes;
sem deixar de lado a aquisição de valores baseados na verdade. A saber, para
desenvolver alunos de maneira adequada para os desafios que precisam vencer.
Nisso
o livro trata das diversas reflexões criticas a cerca da aprendizagem, como: o
que oferecer para exercício da cidadania; conhecimentos considerados valiosos,
tanto relacionais como desiguais; valores morais, científicos e éticos
envolvidos. As respostas estão bem claras na obra, quando relaciona
aprendizagem aos desenvolvimentos pessoal, profissional e o social.
Parte
da obrigação com aprendizado vem da política administrativa adotada pela escola
e professores, a outra é de responsabilidade do aluno que devem ser motivados
com a necessidade de aprender a se esforçar, a trabalhar, a investir no estudo
e na própria aprendizagem.
A
aprendizagem deve ser direcionada para reflexão como processo orientado para ação;
é um processo social; está a serviço dos interesses humanos e sempre ser
baseada no dialogo.
Conclusão
Velhos
paradigmas já não resolvem mais as questões atuais das escolas. Faz necessária
uma analise constante para reformulação, seguindo a linha de vários estudos e
situações cotidianas. Assim a escola terá sempre como oferece aos alunos uma
educação de qualidade, que reflita o momento histórico da sociedade na qual
está inserido, preparando-o para lidar com desafios e a vida em sociedade.
A
escola só com as suas estruturas físicas, sem um direcionamento administrativo,
político e pedagógico não dará conta de acompanhar os avanços e correr o risco
de ficar obsoleto. Assim não terá como representar “ameaça a ordem
estabelecida e a possibilidade de libertação”.
Novas
tendências e paradigmas sempre surgirão, como também os velhos devem ser
revisados, até ser substituído. O que não pode acontecer é a escola deixar de
“pensar a si própria” e consequentemente não oferecer de forma satisfatória a
construção dos saberes.
Referencias bibliográficas
Alarção, Isabel. Escola
reflexiva e Nova Racionalidade. Edição 1. Porto Alegre: Artmed, 2001.< https://unifacs.bv3.digitalpages.com.br/reader#3>. Acesso em: 20 nov.
2012
O Blog realizado pelo grupo do 3º semestre de pedagogia, do polo de Camaçari (UNIFACS EAD-2012)solicitado pela disciplina de PPP, foi um dos trabalhos mais proveitoso, pelo fato de podermos usufruí-lo sempre que for preciso.
ResponderExcluir(Raidalva, aluna UNIFACS)